quarta-feira, 13 de julho de 2011

O adeus do diamante da bossa nova


Em 2004, o cantor e compositor Billy Blanco participa da caravana do Projeto Pixinguinha, da Funarte. À direita, capa do álbum lançado pelo selo Elenco, de Aloysio de Oliveira, em 1966.

O cantor e compositor Billy Blanco faleceu na manhã desta sexta-feira (8/7), no Rio de Janeiro, aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, desde outubro de 2010 quando sofreu um derrame cerebral.

William Blanco de Abrunhosa Trindade nasceu em Belém do Pará no dia 8 de maio de 1924. Em 1946 se mudou para São Paulo para estudar arquitetura. Já compunha e cantava desde a juventude, atuando em rádios e clubes de Belém. Nos anos 1950, concluiu a graduação em arquitetura no Rio de Janeiro e passou a exercer as duas profissões: a do nanquim e régua T com a dos palcos.

Billy Blanco escreveu cerca de 200 músicas, várias delas em parceria com Tom Jobim, como “Esperança perdida”, “Teresa da praia” e a “Sinfonia do Rio de Janeiro”. Compôs “Samba triste” com Baden Powell e assinou letra e música de “Mocinho bonito”, “Viva meu samba”, “Estatuto da gafieira” e “Lágrima flor”. Suas primeiras composições foram interpretadas por nomes como os de Leda Barbosa, Dolores Duran, Mary Gonçalves, Neusa Maria e Linda Batista.

Por Lia Machado Alvim e Pedro Nakano em 09.07.2011.
Publicado no site da Rádio Cultura Brasil AM