quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mil Palavras


Versátil, roteirista de Ladrões de Bicicleta (1948) Suso D’Amico foi além

Por José Geraldo Couto
Se não tivesse feito mais nada, a romana Suso Cecchi D’Amico (1914-2010), que morreu em 31 de julho, aos 96 anos, mereceria figurar na história do cinema pela pungente sequência final que escreveu para Ladrões de Biclicleta (1948), de Vittorio De Sica: na saída de um jogo de futebol, um trabalhador desempregado é pego roubando uma bicicleta e sofre diante do filho uma humilhação brutal.

Mas Suso, cujo nome de batismo era Giovanna, fez muito mais que isso. Ao longo de seis décadas, participou da escrita de mais de cem filmes, em alguns deles sem receber o devido crédito, caso de A Princesa e o Plebeu, de William Wyler, e Caravaggio, de Derek Jarman.

Sua entrada no mundo do cinema se deu de modo curioso. Filha de um escritor e uma pintora, ela tinha feito traduções e trabalhado como secretária de um ministério até ser chamada pela produção do clássico neorrealista Roma, Cidade Aberta para dar aulas de boas maneiras a Maria Michi e de conversação em inglês a Giovanna Galletti, atrizes do filme.

Criativa, versátil e laboriosa, Suso D’Amico trabalhou com os principais diretores italianos de seu tempo. Escreveu comédias para Monicelli, épicos políticos para Francesco Rosi, dramas existenciais para Antonioni.

Sua parceria mais profícua foi com Luchino Visconti. A partir de Belíssima (1951), participou da escrita de todos os filmes do mestre. Desprovida de vaidade, Suso trabalhava frequentemente em colaboração com outros escritores e dizia que, no cinema, “a palavra está a serviço da imagem”. Poucos entenderam isso. Poucos criaram como ela palavras e imagens tão duradouras.

Acesse o link abaixo e confira as dicas de José Geraldo Couto sobre outros filmes que tiveram a participação de Suso Cecchi D’Amico:

http://www.cartacapital.com.br/cultura/mil-palavras

*José Geraldo Couto publica em CartaCapital todas as semanas uma coluna sobre cinema intitulada "Na Calçada da Memória"

A oposição no divã


Por Lúcia Avelar - professora titular de Ciência Política/Instituto de Ciência Política/Universidade de Brasília. Pesquisadora do CNPq. Membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz

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Leia o texto completo no link abaixo retirando do site da Revista CartaCapital

http://www.cartacapital.com.br/politica/a-oposicao-no-diva/print/